quarta-feira, 23 de novembro de 2016


15/08/2016 16h58 - Atualizado em 15/08/2016 16h58

Sustentabilidade e economia atraem consumidores para a energia solar

Redução na conta de energia pode chegar a 95% por mês. 
Investimento inicial se paga em torno de seis anos, diz especialista

Do G1 Sorocaba e Jundiaí
Os painéis solares são compostos por células fotovoltaicas, que recebem a luz do sol (Foto: Arquivo pessoal)Os painéis solares são compostos por células fotovoltaicas, que recebem a luz do sol (Foto: Arquivo pessoal)
O sol é uma fonte com potencial para produzir energia elétrica de forma econômica e sustentável e o Brasil tem um grande potencial fotovoltaico. De acordo com Luís Guilherme Campos de Oliveira, sócio proprietário de uma empresa de energia solar em São Roque (SP), a economia pode chegar a até 95% na conta de energia por mês.

“O painel solar produz mais ou menos energia de acordo com a radiação do local, mas todas as casas e empresas podem ter energia solar”, explica Oliveira. “A Alemanha foi uma das pioneiras nesse ramo e no local com menos sol no Brasil tem 30% a mais de potencial fotovoltaico do que no lugar com mais sol na Alemanha”, afirma.

O governo brasileiro vem estudando formas de impulsionar a geração solar fotovoltaica no país, conforme afirmou o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, na abertura de um evento relacionado ao tema. O Brasil deve integrar o ranking dos 20 maiores produtores de energia solar em 2018, segundo o boletim “Energia Solar no Brasil e no Mundo – Ano de Referência – 2015”, publicado pelo Ministério de Minas e Energia (MME). China, Estados Unidos e Alemanha são os países que têm mais potência instalada atualmente, segundo o Portal Brasil, do Governo Federal.
Sistema de energia solar (Foto: Divulgação)Sistema de energia solar (Foto: Divulgação)

O especialista explica que existem três estruturas básicas no sistema de energia solar: a de fixação, os painéis solares - que são compostos por células fotovoltaicas que recebem luz do sol e convertem em corrente continua - e o inversor, que transforma essa energia em corrente alternada, que é a usada em residências.
Luís Guilherme Campos de Oliveira afirma que o investimento inicial se paga em seis anos (Foto: Arquivo pessoal)Luís Guilherme afirma que o investimento se paga
em seis anos (Foto: Arquivo pessoal)
Há oito meses, o engenheiro eletricista Diego Branco, também de São Roque, usa energia solar em sua casa. Ele relata que a instalação dos painéis foi realizada em um dia. “É feito um projeto anterior para definir o ponto em que esses painéis serão instalados. Em chácaras ou lugares abertos, por exemplo, dá para colocá-los no chão, em áreas verdes. Dá para adequar o lugar onde as placas serão colocadas”, conta.

Diego conta que optou pela instalação do sistema solar depois da alta nos preços da energia elétrica tradicional. “Tive um investimento inicial em torno de R$ 15 mil com seis painéis e o inversor. Mas no fim do mês, a minha conta caiu de R$ 130  para cerca de R$ 30”, contabiliza.
“O investimento inicial se paga em torno de seis anos. Investir em energia solar é melhor que qualquer aplicação financeira no mercado porque a taxa de retorno do investimento fica em torno de 20%”, expõe Luís Guilherme.

O especialista explica que o sistema solar funciona como um sistema de crédito e débito. “Se a pessoa produzir mais energia do que consumir, ela vai para a rede da concessionária. Com as mudanças das leis da Agência Nacional de Energia Elétrica, a ANEEL, o que foi ela produziu e não consumiu pode abater conta de outras residências ou comércios que tenham o mesmo CNPJ ou CPF e que sejam atendidos pela mesma concessionária.”
Engenheiro Diego Branco optou pelo sistema solar pelo custo benefício e sustentabilidade (Foto: Arquivo pessoal)Engenheiro Diego Branco optou pelo sistema solar
pelo custo e sustentabilidade (Foto: Arquivo pessoal)
“Uma pesquisa feita nos Estados Unidos revelou ainda que existe valorização de mais de 10% de imóveis que tem energia solar e esses imóveis são vendidos 30% mais rápido”, afirma Oliveira. “Durante o dia, a energia excedente que você produz é mandada para a rede da concessionária. A noite, ou em dias sem sol, você pega a energia que mandou para lá”, explica.
O especialista destaca também que durante apagões, por questões de segurança, a energia de locais com sistema solar também é cortada. Mas ele afirma que, se nesse período o dia estiver ensolarado, a energia ainda é produzida e enviada para a rede da concessionária.
Manutenção
Uma das vantagens que atraiu o engenheiro Diego Branco foi a baixa manutenção do sistema solar. Guilherme explica que ela é quase inexistente e ressalta que em apenas alguns casos é preciso uma limpeza simples com água e sabão.

O especialista ainda fala sobre outra vantagem. “É possível verificar a produção de energia do estabelecimento no computador ou tablet, através de um site específico. O sistema mostra quanto foi produzido no dia, no mês, no ano, além de saber quanto o local deixou de emitir de CO2.”

A preocupação com o meio ambiente também foi um fator decisivo para Diego Branco optar pela energia solar. “Se tivéssemos mais casas e empresas com solar, teríamos menos termoelétricas ligadas, que é uma fonte de energia mais cara e suja”, comenta. “A energia solar é totalmente limpa e, por causa da menor emissão de Co2 há uma redução do efeito estufa”, conclui Luís Guilherme.
É feito um projeto para definir onde os painéis solares serão instalados (Foto: Divulgação)É feito um projeto para definir onde os painéis solares serão instalados (Foto: Divulgação)

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Brasil deve integrar Top 20 em energia solar em 2018

Matriz Energética

De acordo com o boletim do setor, País tem 2,6 GW contratados, com previsão de entrada em operação até 2018
por Portal BrasilPublicado28/07/2016 14h31Última modificação28/07/2016 15h53
Foto: Alex Lang / UnB AgênciaSegundo a Agência Internacional de Energia (IEA), a energia solar poderá responder por cerca de 11% da oferta mundial de energia elétrica em 2050
Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), a energia solar poderá responder por cerca de 11% da oferta mundial de energia elétrica em 2050
O Brasil deve integrar o ranking dos 20 maiores produtores de energia solar em 2018. A expansão do uso do recurso no País, bem como a potência de 2,6 GW de geração centralizada, já contratada, vão colaborar para que a meta seja alcançada.
A informação está no boletim “Energia Solar no Brasil e no Mundo – Ano de Referência – 2015”, publicado pelo Ministério de Minas e Energia (MME). A publicação aponta que, em 2014, foram contratados 31 projetos em leilões (890 MW) e, em 2015, 63 projetos (1.763 MW). Ambos totalizaram 2.653 MW de capacidade instalada.
Entre os países com maior potência instalada estão: China, Estados Unidos, Alemanha, Japão e Itália. O grupo responde por 68% do total mundial nessa fonte. Em 2015, a China alcançou o 1º lugar no ranking mundial de geração e os Estados Unidos ficaram em 2º, ambos superando a Alemanha, líder do ranking em 2014.
Oferta mundial
Até o final de 2015, todos os países do mundo computavam uma potência instalada solar fotovoltaica de 234 GW, considerando também a expansão de 52 GW no ano.
De acordo com dados da Agência Internacional de Energia (IEA), a geração solar poderá responder por cerca de 11% da oferta mundial de energia elétrica em 2050 (5 mil TWh). A área coberta por painéis fotovoltaicos capaz de gerar essa quantidade é de 8 mil km², o equivalente a um quadrado de 90 km de lado.
Para 2024, a estimativa do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE-2024), é que a capacidade instalada de geração solar no Brasil chegue a 8.300 MW. A proporção da geração solar chegará a 1% da total. Os estudos do PDE 2025, em elaboração, sinalizam a ampliação dessas previsões.
Geração distribuída
O número de instalações solares distribuídas apresenta crescimento no Brasil. Em oito meses, essas instalações triplicaram no País, aproximando-se de 4000 unidades, com potência média de 7,4 KW.
Os estudos do Plano Nacional de Energia (PNE 2050), em elaboração pela Empresa de Pesquisa Energética, estimam que 18% dos domicílios de 2050 contarão com geração fotovoltaica (13% do consumo residencial).
Para ampliar ações de estímulo à geração distribuída, o Banco do Nordeste lançou uma linha de crédito para ampliar ações nessa área. O financiamento utiliza recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e tem prazo de pagamento de até 12 anos, com um ano de carência.
O crédito do Banco do Nordeste é destinado a empresas agroindustriais, industriais, comerciais e de prestação de serviços, além de produtores rurais, cooperativas e associações beneficiadas ou não com recursos do FNE. 
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério de Minas e Energia

segunda-feira, 7 de novembro de 2016


Governo estuda impulsionar a geração de energia solar

Energia Renovável

Para o ministro Fernando Coelho Filho, o segmento de geração solar fotovoltaica é fundamental para a matriz energética brasileira
por Portal BrasilPublicado01/07/2016 12h34Última modificação04/07/2016 12h16
Renato Cobucci/Governo de Minas GeraisO governo brasileiro continuará contratando energia por meio de leilões, garantiu o ministro
O governo brasileiro continuará contratando energia por meio de leilões, garantiu o ministro
O governo brasileiro está estudando formas de impulsionar a geração solar fotovoltaica no País, afirmou o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, nesta quinta-feira (30), na abertura do Brasil Solar Power, no Rio de Janeiro.
Para o ministro, o segmento de geração solar fotovoltaica é fundamental para a matriz energética brasileira e novas formas de incentivar o setor devem ser perseguidas, para que o segmento não fique dependente apenas dos leilões.
“O Brasil compete com outras oportunidades, não há sol só no Brasil, o sol existe em muitos outros países. Se não criarmos um ambiente mais competitivo, mais favorável, o recurso encontra rentabilidade em outro local e isso é tudo que não queremos neste momento”, disse o ministro.
A expansão da geração solar distribuída  quando a energia é gerada no centro de carga, podendo ser gerada até mesmo pelo próprio consumidor – é uma das possibilidades que se descortinam para a indústria solar no País, disse Coelho Filho.  
Além disso, o MME estuda formas de viabilizar financiamentos para a geração distribuída, inserido nos estudos do ProGD, lançado pelo ministério no final do ano passado com parceria da Associação Brasileira da Indústria Solar Fotovoltaica (Absolar).
Segundo o ministro, o MME já está dialogando com o Ministério das Cidades para que seja analisada a possibilidade do FGTS como uma das fontes de financiamento desse segmento.
A expansão da geração de energia renovável terá especial atenção do MME, defendeu o ministro: “O compromisso com as fontes renováveis não é somente um compromisso da Absolar, mas sim um compromisso da minha geração. Minha geração tem compromisso com as fontes de energia de baixo carbono”, afirmou.
Fonte: Portal Brasil, com informações do MME