terça-feira, 25 de outubro de 2016

Sistema pode gerar energia por meio de bikes e veículos

Desenvolvido por alunos do Instituto Mauá de Tecnologia, Enerlom acendeu 7 LEDs com uma tensão de 2.3 volts na passagem do ciclista pela lombada


Alunos do Instituto Mauá de Tecnologia, de São Caetano do Sul, desenvolveram um mecanismo que aproveita a desaceleração de veículos e bicicletas para gerar energia elétrica em vias públicas da cidade.
O projeto para Trabalho de Conclusão de Curso dos alunos Alexandre Hoffmann, Felipe Chicchetto, José Augusto Neto e Marcela Lucato, recebeu o nome de Enerlom, uma junção de energia mais lombada, momento em que o motorista ou ciclista precisa diminuir a velocidade. O equipamento será apresentado na Eureka 2016, evento anual onde os alunos do último ano de todos os cursos da Mauá apresentam seus trabalhos. A Eureka será aberta ao público e será realizada entre os dias 27 e 29 de outubro no campus da faculdade. Segundo uma das integrantes do grupo, Marcela Lucato, o protótipo foi criado em um período de 2 anos a um custo de R$ 300. "Por enquanto nosso equipamento só foi validado com bicicletas. Sabemos que o sistema funciona com veículos também, mas não conseguimos desenvolver o protótipo por demandar muito investimento para construir uma estrutura que suporte o peso de um automóvel", explicou Marcela.
Nos testes da passagem da bicicleta pela lombada foi possível acender 7 LEDs com uma tensão de 2.3V. Em uma projeção utilizando a Av. Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, onde passaram 340.557 ciclistas no período de 18 de janeiro até 29 de maio deste ano, os alunos afirmaram que a lombada geraria aproximadamente 114 Wh por mês, suficiente para iluminar as vias públicas que contem com o equipamento.
Marcela contou que a energia ficaria armazenada em uma bateria para uso em qualquer fim, seja em vias públicas ou, por exemplo, na energia que move as cancelas de pedágios.
Segundo a estudante, o grupo se prepara para apresentar o projeto para as prefeituras de São Paulo, Rio de Janeiro, Santos, e para um banco de investimentos. "Sabemos que nossa ideia é boa, funciona e pode contribuir com o aporte energético das cidades de maneira sustentável, mas precisamos de investidores para aperfeiçoar o trabalho", disse.

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